quarta-feira, 9 de março de 2011

Onde estás?


Onde estás?
No que estás a pensar?
Onde quer que vás
Serás que pensas em mim,
nos teus amigos,
mesmo que seja pouco?
Já atingiste os teus objectivos...
Então porque não voltaste?
Ainda me lembro quando me perguntaste
Porque me preocupava tanto.
Lembras-te do que respondi?
Quando vamos crescendo, começamos a compreender
O que vai no coração das pessoas
Hoje já somos os dois crescidos.
Naquele dia, enquanto fugíamos da chuva,
como dois estranhos anónimos
dois completos antónimos
Conseguiste ver? O meu coração.
Eu não consegui ver o teu.
Porquê?
Abdicaste do teu coração, ao longo do caminho?
Será que viste o meu, o quanto eu me senti sozinho?
Eu preocupo-me,
Sou teu amigo.
Se alguém te magoar, eu vou querer vingança.
Se alguém me magoar, os meus amigos também se vão querer vingar.
Será um ciclo vicioso, percebes?
Não somos mais crianças,
Por isso percebemos essas coisas.
Será que esse fogo te consumiu da cabeça aos pés?
Eu vou continuar a procurar mas...
Sinceramente...
Começo a perder a visão de quem tu és...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Deserto

Não é estranho
Chover num deserto?
É como se a morte
Fosse um dado permanente e certo.
Até no deserto,
se pode erguer uma utopia
Onde a lua ilumina a noite
E chove durante todo o dia.
Durante a noite,
as estrelas dançam em alegria
A escutar a sinfonia,
tocada pelo vento.

Do nada nasceu tudo
É o que passa pela cabeça do miúdo
Deitado no topo de um edifício
Quem te viu e quem te vê
Diz ele para o deserto
Ao transformar o nada em tudo,
Ele sentiu-se, finalmente, completo.



« Cria. Imagina. Inventa. Usa a parte colorida da massa cinzenta. »