quarta-feira, 2 de março de 2011

Deserto

Não é estranho
Chover num deserto?
É como se a morte
Fosse um dado permanente e certo.
Até no deserto,
se pode erguer uma utopia
Onde a lua ilumina a noite
E chove durante todo o dia.
Durante a noite,
as estrelas dançam em alegria
A escutar a sinfonia,
tocada pelo vento.

Do nada nasceu tudo
É o que passa pela cabeça do miúdo
Deitado no topo de um edifício
Quem te viu e quem te vê
Diz ele para o deserto
Ao transformar o nada em tudo,
Ele sentiu-se, finalmente, completo.



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2 comentários:

  1. Créditos no haikai abaixo da imagem, por favor. O autor é Rafael Augusto Vecchio, obrigada!

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